Erótica e velhice: perspectivas do Ocidente

 

 

IACUB, R. Erótica e velhice: perspectivas do Ocidente. São Paulo, IV,
Coleção Gerontologia, Vetor, 2007, 196 páginas. R$ 30,00

 

 

Este volume amplia a Coleção Gerontologia para a América do Sul, inaugurando um estudo sobre
uma temática especifica: o erotismo na velhice. Em nossa cultura, de uma maneira geral, a sexualidade e o gozo erótico na velhice se reduzem à ternura e ao carinho. Da mesma forma, em nossa cultura, se o erotismo é preservado, ele é visto de maneira estereotipada sob a denominação
de “tara” ou “assanhamento,” negando a possibilidade do exercício da sexualidade nessa fase da vida. Fundamentando-se nessa perspectiva positiva, o autor argentino Ricardo Iacub discute neste livro questões que negam a determinação da idade sobre o erotismo.

 

O erotismo na velhice tem sido uma temática pouco abordada do ponto de vista cultural, histórico e político. Em um contexto no qual diversos grupos sociais minoritários foram produzindo uma leitura alternativa a respeito da construção de sua diferença, nossa forma de falar da velhice mantém, no entanto, um estilo medicalizado ou associado com a saúde. Reduzir suas abordagens e limitar suas perspectivas impede que a velhice seja problematizada em termos políticos, ou seja, que possa transformar-se em uma variável de mudança e inovação cultural.

 

O que propomos aqui é conhecer os discursos que tiveram maior incidência na cultura ocidental e que permanecem vigentes na nossa época, organizando a leitura, percepção e conceitualização do erotismo na velhice.

 

No Ocidente houve povos que não consideraram esta etapa vital como uma limitação, enquanto que outros encontraram na idade um limite preciso. Enfocaremos especialmente alguns relatos que continuam ecoando em nossos modos de articular a temática: os hebreus através da Bíblia e outros livros sagrados; os gregos e romanos através de diversas obras literárias, jurídicas, médicas e filosóficas; as concepções cristãs dos primeiros séculos de nossa era através dos textos dos Padres da Igreja; a interpretação médico-psicológica do envelhecimento e sua sexualidade entre o século XIX até meados do XX, e as perspectivas atuais, que mostram uma riquíssima produção científica e de mudanças culturais. Nosso objetivo será determinar se existiram espaços no Ocidente para uma erótica da velhice, ou se somente foi possível criar uma antierótica para esta etapa da vida.

 

O objetivo deste livro consiste em poder pensar de outra maneira a determinação que –supostamente– a idade exerce em relação ao erotismo na velhice. Para isso, levaremos em consideração os diversos mecanismos de poder que foram modelando e estabelecendo limitações e habilitações no exercício dos gozos, e que influenciaram fortemente não apenas os modos de vivenciar e construir o erótico, como também as formas de estabelecer uma estética do amor e de definir um corpo aberto ou fechado em relação com as expectativas do outro. Revisaremos e ressignificaremos diversos relatos resultantes de políticas culturais específicas, que, apesar de distantes na história, continuam exercendo sua influência sobre nós. Conhecê-las nos permitirá compreender melhor o nosso presente, e questionar-nos sobre a partir de quais variáveis culturais abordamos atualmente o erotismo na velhice e quais são os esquemas que modelam a nossa forma de pensar. Problematizar a questão significa enriquecer nossa visão e nosso campo de ação.

 

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