Viver

(Ikiru)

Do diretor Akira Kurosawa, este longa japonês de 143 minutos é um verdadeiro tesouro.
Viver integra a Coleção Akira Kurosawa, completada por Cão Danado (1949) e Ralé (1957).
Um drama japonês de 1952.
 

Considerado por muitos como a maior obra do mestre Akira Kurosawa, Viver afirma a beleza da vida a partir da exploração da morte de um homem.

Kanji Watanabe interpreta Kanji Watanabe, um burocrata de longa data que não liga para nada que não o interesse. Quando descobre que está com câncer, decide construir um playground em seu bairro, tentando descobrir um sentido para sua vida. Desengavetando o projeto de anos atrás, ele enfrenta diversos problemas para conseguir construir o parquinho, começa a se envolver mais com os habitantes do local, inclusive brigando com sua família e superiores, por terem considerado que ele enlouqueceu com a notícia.

Dessa experiência nasce a sabedoria nas seguintes frases ditas por Watanabe: “Nós humanos somos tão sem cuidado”; “Só percebemos a beleza da vida próximo da morte”; “É dever do ser humano curtir a vida, desperdiçando-a só profana a obra de Deus”.

Narrado em duas partes, Viver mostra a saga de Watanabe no presente e suas perspectivas, num complexo retrato de um homem incompreendido. Mas é tão atual ao tratar das questões intergeracionais, da vida e da morte que vale a pena retomar esse clássico que recebeu um prêmio especial no Festival de Berlim.